Alternate Title

How should values influence science?

Document Type

Article

Publication Date

1-1-2005

Published In

Filosofia Unisinos

Abstract

Scientists make judgments of value all the time. They usually evaluatetheir theories according to “cognitive values” (empirical adequacy, power tomake predictions, explanatory power etc). But a theory can also be evaluatedaccording to non-cognitive values (social, political, economical, etc). Traditionally,cognitive and non-cognitive kinds of values are maintained separated from oneanother in order to protect science’s “autonomy”, impartiality”, and “neutrality”.However, social and moral values, as well as other kinds of non-cognitive values,play their role in science, not only by addressing the ethical issues of scientificresearch, but also by establishing the strategies according to which the problemsto be investigated are chosen, and practical applications are sought. Therefore,science is not “neutral”, nor properly “autonomous” - it is permeated by thosenon-cognitive values. But scientific research can and should be said “impartial”in relation to the cognitive evaluation of its results, in order to make the progressof the research possible, and to allow a diversity of values to make room for avariety of competing strategies.
Cientistas emitem juízos de valor o tempo todo. Avaliam suas teoriassegundo critérios usualmente chamados de “valores cognitivos” (adequaçãoempírica, poder preditivo e explicativo, etc). Mas uma teoria pode ser avaliadatambém segundo valores não-cognitivos (sociais, políticos, econômicos, etc).Tradicionalmente, valores cognitivos e não-cognitivos são mantidos separados,sem se interpenetrarem, resguardando-se a “autonomia”, “imparcialidade” e“neutralidade” da ciência. Contudo, valores sociais e morais, e outros tipos devalores não-cognitivos, desempenham seu papel na ciência, não apenas a respeitoda ética da pesquisa, mas a respeito das estratégias que conformam e viabilizama pesquisa mediante a escolha dos problemas a investigar e as suas aplicaçõespráticas. Por isso, a ciência não é “neutra”, nem propriamente “autônoma” –está permeada de valores que nela interferem. Mas pode e deve ser “imparcial”na avaliação cognitiva de seus resultados, como condição para o avanço dapesquisa, permitindo que uma diversidade de valores assegure lugar a umavariedade de estratégias competidoras.

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